Enfrentar a Insegurança Emocional: 8 Orientações Práticas Essenciais

Enfrentar a insegurança emocional envolve o exercício de habilidades específicas que nos permitem “navegar” com sabedoria em um mundo complexo. O não desenvolvimento dessas habilidades, em contrapartida, traz como uma de suas mais graves consequências o abandono de sonhos e oportunidades em nossas vidas em função do medo do fracasso.

Somando-se a isso, existe o fato de que não costumamos parar para pensar sobre o quanto temos perdido por não nos acharmos merecedores das coisas positivas que podemos estar recebendo. Uma consideração mais profunda sobre nossos medos e inseguranças só surge quando, muitas vezes, já perdemos muitas coisas importantes em decorrência deles.

Com o propósito de nos fazer pensar sobre essas questões e de “aquecer” nossa discussão sobre esse assunto, começamos este artigo entregando a você 11 reflexões energizantes para ajudá-lo a enfrentar sua insegurança emocional e a resgatar sua força interior.

Uma vez “aquecidos”, falaremos sobre o que é a insegurança emocional. Na sequência, falaremos sobre 8 orientações práticas essenciais, apontadas por terapeutas e psicólogos, para ajudar você a superar os momentos em que se sente inseguro e as grandes restrições que isso lhe impõe.

Já na terceira e última parte deste artigo, mostraremos para você porque enfrentar a insegurança é uma habilidade que pode ser aprendida e treinada. Na verdade, não só ela, e sim várias outras habilidades capazes de trazer benefícios profundos para muitas outras esferas de nossa vida, desenvolvidas a partir de um processo de autoconhecimento.

Então, permaneça com a gente e desfrute conosco!

Como Superar a Insegurança: 11 Reflexões Energizantes para Conseguir Enfrentá-la e Resgatar a Força Interior

Insegurança Emocional: O que é?

Tenho um sorriso confiante que às vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Johnny Depp

O modo mais fácil de compreender a insegurança emocional é olhar para os seus sintomas. Ela se expressa, dentre outras formas, através da crença que alguém tem de ser inferior aos demais ou então de que essa pessoa não é digna de ser amada ou reconhecida, por exemplo.

Uma pessoa insegura pode também se sentir incapaz de se engajar em atividades específicas e não se achar merecedora dos elogios que escuta. Ainda que os outros em seu meio digam reiteradamente o contrário, o sentimento de insegurança não permite que essa pessoa se convença sobre as coisas positivas que dizem sobre ela.

Como podemos perceber, a insegurança emocional pode, em função disso, produzir uma série de conflitos nos relacionamentos, na família, no trabalho, entre amigos etc., pois afasta a pessoa de boas oportunidades e daqueles que lhe querem bem.

Assim como qualquer outra dificuldade psicológica que temos, a insegurança é produto de nossas experiências ao longo da vida. Isso significa, por um lado, que transformá-la é um processo, e exige tempo.

Por outro lado, assim como nossas experiências passadas podem ter nos feito inseguros, novas experiências positivas podem nos tornar muito mais confiantes. Em favor disso está o fato de que nossa plasticidade cerebral e psíquica é maior do que acreditamos!

Uma vez que enfrentar a insegurança emocional é algo perfeitamente possível quando nos engajamos nesse processo de transformação, oferecemos para você, que sofre com esse problema ou conhece alguém que passa por ele, 8 orientações práticas fundamentais para atingir esse objetivo e obter confiança interior.

Como Enfrentar a Insegurança Emocional: 8 Orientações Práticas para Resgatar a Confiança e a Força Interior

1. RECONHEÇA SUAS INSEGURANÇAS ATUAIS E SUPERE AS DO PASSADO

O desejo vence o medo, atropela inconvenientes e aplana dificuldades.

Mateo Alemán

Para reconhecer as próprias inseguranças, é importante conseguir olhar a situação de forma mais ampla e observar as situações que servem como gatilhos emocionais. Tornar isso mais claro para nós mesmos é um passo fundamental para lidar com o que nos deixa inseguros e superar os problemas daí decorrentes.

Por outro lado, ao identificar essas situações é importante também observar se estamos ficando presos a crenças limitantes de nosso “passado remoto” e se essa ligação ainda faz algum sentido.

Mais especificamente, o fundamental aqui é não ficar ruminando sobre coisas que deram errado ou que simplesmente não saíram como esperávamos em algum outro momento. Pois, em muitos casos, quando pensamos que somos inseguros em relação a uma determinada situação, esquecemos que essa sensação de insegurança está fundamentada não em uma experiência atual, mas em outra muito antiga que pode não ter mais nenhum sentido para nós.

Exemplos clássicos são os das pessoas que, em função de uma experiência negativa específica na juventude, ainda acreditam que não são capazes de falar em público ou praticar exercícios físicos.

Portanto, esteja atento para evitar repetir automaticamente inseguranças provenientes de situações antigas em uma realidade que é muito diferente daquela em que a insegurança se formou.

2. EM MOMENTOS DE CRISE, FAÇA ALGO QUE LHE DEIXE SEGURO

Temos de descobrir segurança dentro de nós próprios. Durante o curto espaço de tempo da nossa vida precisamos encontrar o nosso próprio critério de relações com a existência em que participamos tão transitoriamente.

Boris Pasternak

Nos momentos de crise, em que tudo parece estar dando errado e quando entramos em uma espiral de insegurança, a melhor orientação para enfrentar esses momentos é pensar e agir a partir de coisas pequenas.  Ou seja, de coisas de que você entenda e que saiba fazer muito bem.

Isso pode ser fazer alguma coisa na cozinha, realizar alguma outra atividade doméstica, escrever sobre algo específico, expressar-se artisticamente em relação a algo que lhe dê prazer, organizar o ambiente ou qualquer outra coisa que nos deixe seguros.

A partir disso, o sentimento de impotência e a sensação de inaptidão vão pouco a pouco diminuindo, até que que o “ogro” da insegurança perca sua força.

3. RECUSE COMPARAR-SE COM OS OUTROS

Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los. Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro.

Dalai Lama

Comparações negativas com outras pessoas, já é comprovado, favorecem a autocrítica e a autodepreciação. Nos colocam em sintonia com as partes do cérebro e o conjunto de emoções que apenas aumentam nossa insegurança e que classificam todos aqueles com quem nos comparamos como competidores que temos que “bater”.

Isso nos coloca em um beco sem saída, além de ser covardemente injusto conosco mesmos. Cada pessoa tem seu próprio tempo, suas próprias experiências, suas próprias oportunidades e aprendizagens. Não podem ser comparadas como se existisse apenas um “certo” e “errado”.

Mesmo quando for tomar algumas pessoas como referências positivas, é importante entender que elas são apenas referências, inspirações. Inevitavelmente vamos construir nossas próprias trajetórias e nosso jeito próprio de ser, pensar e agir, mesmo que sob a boa influência delas.

4. BUSQUE QUEM VOCÊ ADMIRA COMO EXEMPLO

Se por acaso você
deixar de acreditar,
se a própria humanidade
decidir lhe enganar,
Sempre haverá um alguém
capaz de lhe inspirar.

Bráulio Bessa

A segurança emocional é indissociável de boas experiências e referências. Logo, uma boa maneira de fortalecê-la é buscar pessoas e atitudes que possam assumir esse papel de inspiração para você. Porém, uma coisa é fundamental, como vimos antes: faça isso sem comparações e autodepreciação!

Se o problema é falar em público, por exemplo, observar palestrantes e professores que admiramos em público é um bom passo a ser dado para internalizar formas de se colocar e de falar que lhe deixem mais seguro.

Isso é um processo e você começará a perceber que se inspirar em suas referências vai, pouco a pouco, levar a uma forma de um agir e falar com características próprias, a partir da qual você conquistará sua própria confiança.

5. VÁ AOS POUCOS E APRENDA A ESCUTAR A SI MESMO

Uma longa viagem começa com um único passo.

Lao-Tsé

Seja feliz do jeito que você é, não mude sua rotina pelo o que os outros exigem de você, simplesmente viva de acordo com o seu modo de viver.

Bob Marley

Começos são sempre difíceis. Quanto mais fortes os problemas, mais difícil o começo tende a ser. Por isso, o melhor é começar com pequenos passos para diminuir as chances de o processo de mudança ser interrompido logo no início.

O que importa é permanecer caminhando, não a velocidade em que chegaremos ao fim. Comece com pequenos movimentos e vá se ajustando ao longo do trajeto. Essa é a melhor forma para nos estimularmos a continuar progredindo.

Aqui entra também entra outro elemento fundamental para isso:  aprender a escutar a si mesmo. Para enfrentar a insegurança emocional é fundamental sermos capazes de focar em nós mesmos; em muitos casos, mais em nós mesmos do que nos outros.  

Desse modo, não deixe de ouvir suas vozes internas positivas. Ao mesmo tempo, não se “perca” apenas ouvindo o outro. Focar nele pode nos fazer esquecer o que é realmente importante para nós. Priorize suas necessidades e escolhas.

6. CUIDE DE SI E SEJA GENTIL COM VOCÊ

Perguntas-me qual foi o meu progresso? Comecei a ser amigo de mim mesmo.

Sêneca

Essa orientação está intimamente ligada à anterior. Ir aos poucos e saber ouvir a si mesmo são, ambas, atitudes que envolvem a capacidade de cuidar e de ser gentil consigo próprio.

A insegurança encontra um terreno fértil onde há um clima de ameaça e quando não cuidamos e respeitamos a pessoa que somos.  Uma de suas grandes aliadas é a autocrítica, sobretudo a autocrítica ligada à autodepreciação feroz.

Portanto, procure ser carinhoso com você e acolher quem você é, com suas dificuldades e virtudes. Não se martirize por seus erros.

Há muitas formas de cuidar e ser gentil consigo: fazer coisas que lhe divertem, dar a si mesmo um presente, cuidar do próprio corpo e, obviamente, da própria mente.

Esses pequenos gestos, aliados a um modo gentil de tratarmos a nós mesmo nos deixam, com o tempo, muito mais seguros e autoconfiantes. Ou seja, nos tornam muito mais “blindados” contra a insegurança.

7. FORTALEÇA UMA PERSPECTIVA POSITIVA

Leve os jovens a enxergar os singelos momentos, a força que surge nas perdas, a segurança que brota no caos, a grandeza que emana dos pequenos gestos!

Augusto Cury

A orientação anterior está intimamente ligada à orientação atual. Para enfrentar a insegurança emocional, é crucial praticar a visualização e a mentalização das situações positivas que experimentamos e das que queremos que aconteçam.

Essa prática se torna ainda mais forte quando envolvemos outras pessoas como referências inspiradoras.

Da mesma forma, as mentalizações positivas permitem a regulação dos nossos sistemas de emoções e de nossa fisiologia cerebral, o que faz com que os sistemas associados ao medo e à insegurança percam espaço em favor daqueles que proporcionam uma sensação interna de acolhimento e autoconfiança.

Portanto, quanto mais exercitamos o “lado bom” da mente e do cérebro, mais forte ele se torna e mais fácil fica para mantermos a segurança emocional. É a “magia” da plasticidade cerebral em ação!

8. DESISTIR? JAMAIS!

Bravo não é quem não sente medo, é quem vence esse medo.

Nelson Mandela

Construí amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta da vida e disse-lhe: Não tenho medo de vivê-la.

Augusto Cury

Outro grande obstáculo para conseguir enfrentar a insegurança é a desistência. Seja de uma determinada situação ou pessoa, seja em relação a si próprio.

Nesse último caso, é muito comum que a pessoa com essa postura fique sem agir esperando que um “milagre” aconteça. Jamais desistir, ao contrário, implica buscar o que é preciso fazer em cada momento de dificuldade, com base, é claro, nas orientações já especificadas anteriormente.

Isso vale para todos, em qualquer situação.

Logo, é fundamental atentar-se ao fato de que cada um adquire suas habilidades e suas formas de segurança através da capacidade de se manter caminhando, não importa o que aconteça. Mesmo que ora de forma mais reticente, ora de forma mais firme, o importante é sempre continuar seguindo em frente.

O Principal “Remédio” para Enfrentar a Insegurança Emocional e como Obtê-lo de Forma Duradoura

Como vimos, ser capaz de enfrentar a insegurança emocional não é uma tarefa fácil. Em uma realidade complexa, repleta de exigências externas, é comum nos sentirmos inseguros e deixarmos nosso bem-estar em segundo plano, o que piora ainda mais a situação.

Nesse cenário, embora as pessoas desejem desenvolver o sentimento de segurança para encarar momentos difíceis, elas não conseguem ver claramente como fazer, tampouco conseguem ter a persistência necessária para essa mudança.

Isso ocorre porque desenvolver as habilidades para enfrentar a insegurança, como vimos também, envolve saber respeitar e cuidar de nos mesmos e conhecer nossas preferências, ou mais especificamente, saber aquilo que nos faz bem e nos sentir melhor.

Ou seja, envolve atitudes com as pessoas inseguras estão muito pouco acostumadas.

Segurança emocional, portanto, trata-se de uma questão de AUTOCONHECIMENTO.

O Autoconhecimento para Reaprender a “Habilidade” de Ser Feliz

Podemos falar que o autoconhecimento é o que permite enfrentar a insegurança emocional – assim como qualquer outro tipo de dificuldade pessoal – porque, sob uma perspectiva mais ampla, é ele que nos permite reaprender a sermos felizes.

E, o mais importante: ser felizes sem recorrer a atalhos ou a meios que nos deixam física e mentalmente dependentes.

De um modo mais específico, é o autoconhecimento que possibilita reencontrar o que é mais importante a nós mesmos nessa realidade enlouquecida. É ele que resgata o sentimento transformador e a paz interna de estar novamente em fluxo com a vida e não contra ela.

Para assim nos proporcionar uma nova reconexão com nós mesmos e com o mundo, através de um percurso que nos mostra que a FELICIDADE é uma habilidade que ela pode ser APRENDIDA. 

Contudo, seguir essa caminhada e aprender a habilidade para se tornar muito mais realizado e feliz envolve uma decisão que apenas nós mesmos podemos tomar.

Uma decisão que, em função de seu profundo poder transformador, certamente está entre as melhores decisões de nossas vidas.

Se você se interessou sobre essa caminhada e quer saber mais sobre como desenvolver seu autoconhecimento para começar a transformar sua realidade, junto com todos aqueles que já estão nesse caminho, então CLIQUE AQUI e comece a traçar um novo momento em sua trajetória de vida.